Usuários da Starlink acessam X mesmo após bloqueio judicial, enquanto provedores nacionais obedecem à decisão do STF. Anatel fiscalizará cumprimento.



Na noite de sábado, 31 de julho, usuários da internet via satélite da Starlink continuaram a acessar normalmente o X, antigo Twitter, mesmo após a maioria dos provedores de internet no Brasil ter atendido a ordem de suspensão da rede social emitida pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

O serviço de internet via satélite da Starlink, que pertence ao empresário bilionário Elon Musk e é operado pela Space X, estava disponível para os clientes mesmo após a determinação judicial de suspensão do X. Thiago Ayub, diretor de tecnologia da Sage Networks, empresa de telecomunicações, confirmou que o site ainda estava acessível para os clientes da Starlink.

Empresários que revendem a Starlink na região Norte também relataram a disponibilidade do X para os clientes conectados através da tecnologia desenvolvida por Musk. Em grupos de usuários da Starlink no Facebook, clientes da empresa expressaram que o acesso ao Twitter ainda era possível quando conectados via internet via satélite.

Thiago Ayub explicou que, para cumprir a ordem judicial de bloqueio do X, as equipes técnicas das empresas precisariam realizar procedimentos para operacionalizar os bloqueios. Ele ressaltou que, assim como as demais operadoras, a Starlink é capaz de realizar bloqueios de acesso a sites e aplicativos.

A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) anunciou que irá fiscalizar o cumprimento da ordem de Moraes a partir de segunda-feira, 2 de agosto. A agência notificou os cerca de 20 mil provedores de internet no país e destacou que a Starlink possui pelo menos 215 mil pontos de acesso no Brasil, de acordo com dados sobre clientes de empresas de telecomunicações.

Até o momento, a Space X não respondeu aos pedidos de informações da imprensa sobre a situação do acesso ao X para os clientes da Starlink. A expectativa é que a Anatel intensifique a fiscalização para garantir o cumprimento da ordem judicial e evitar possíveis descumprimentos por parte da empresa de Elon Musk.

Jornal Rede Repórter - Click e confira!


Botão Voltar ao topo