Uso de dinheiro público em réveillons de luxo em Alagoas é questionado após distorção de dados de pesquisa da UFAL.

O Governo de Alagoas tem sido alvo de críticas devido ao uso de dinheiro público em cinco réveillons de luxo no estado. A Secretaria de Turismo justificou o investimento com base em uma pesquisa realizada pela Fundepes, fundação ligada à Universidade Federal de Alagoas (UFAL). No entanto, as informações fornecidas pelo governo distorcem os dados do estudo.

Segundo a gestão, as festas atraem turistas de todas as classes sociais, mas a pesquisa revelou que 20% dos frequentadores possuem renda acima de R$ 10 mil, enquanto apenas 7,96% têm renda de até R$ 2.500. Isso evidencia que o público é majoritariamente de alta renda, tornando o evento inacessível para grande parte da população.

Além disso, o governo afirmou que os turistas preferem se hospedar em hotéis no estado, porém os dados mostram que a maioria dos visitantes (25,49%) opta pelo Airbnb, enquanto apenas 15,83% escolhem hotéis. Portanto, o investimento público nas festas dificilmente trará benefícios significativos para o setor hoteleiro local.

Outra alegação feita pelo governo é que os frequentadores consomem a gastronomia local e participam de atividades turísticas, como passeios de jangada. No entanto, a pesquisa não apresenta dados que sustentem essas afirmações, o que levanta dúvidas sobre a veracidade das informações fornecidas.

Diante disso, as justificativas apresentadas pelo Governo de Alagoas são consideradas imprecisas. A Fundepes, uma instituição reconhecida por sua credibilidade, teve seus dados mal interpretados e utilizados de maneira inadequada pela gestão. É importante que as autoridades responsáveis prestem esclarecimentos à população sobre o uso do dinheiro público em eventos que beneficiam apenas uma parcela da sociedade.

Com a colaboração de Odilon Rios, continuaremos acompanhando de perto essa polêmica e traremos mais informações conforme a situação se desenvolve.

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