A usina, considerada a maior da Europa em termos de capacidade instalada, opera seis reatores de 1 gigawatt cada. Desde o início do conflito na Ucrânia, a usina já havia enfrentado diversos problemas relacionados a cortes de energia. Este desligamento atual é o mais prolongado entre os incidentes similares ocorridos nos últimos meses, refletindo um cenário cada vez mais instável. O corte no fornecimento foi provocado por bombardeios que atingiram a linha de transmissão de alta tensão que conecta a usina à rede elétrica nacional, ocorrido em 23 de setembro.
Como medida de contingência, a segurança interna da usina tem sido garantida a partir de geradores a diesel. No entanto, vale ressaltar que, desde abril de 2024, todos os reatores da usina permanecem em “estado de desligamento a frio”, o que significa que não estão em operação. Esta situação de isolamento levanta questões sobre a viabilidade a longo prazo da manutenção da segurança da instalação, especialmente considerando os riscos associados a um cenário em que a energia de emergência falhe ou não seja suficiente.
A Usina de Zaporizhzhia localiza-se na margem esquerda do rio Dnipro, próximo à cidade de Enerhodar, e desde outubro de 2022, está sob controle russo. A transferência de propriedade gerou uma série de tensões, aumentando o potencial de desastres nucleares na região em um contexto já marcado por conflitos. A AIEA expressou preocupação não apenas pela situação atual, mas também pela deterioração das condições que tornam a operação segura da usina extremamente desafiadora.
Em resumo, a Usina Nuclear de Zaporizhzhia se encontra em uma crise elétrica sem precedentes, criando um cenário que demanda atenção internacional e medidas urgentes para garantir sua segurança e operação adequada.
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