Ursula von der Leyen alerta: Europa precisa de rearmamento imediato para enfrentar novas ameaças globais e garantir sua segurança

A necessidade urgente de rearmamento da Europa foi destacada pela presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, em uma declaração contundente feita neste domingo (2), após uma reunião com líderes da União Europeia em Londres. Em um contexto de crescente tensão internacional e instabilidade na região da Ucrânia, von der Leyen enfatizou que é fundamental que os países membros aumentem seus investimentos em defesa. A presidente destacou que o longo período de subinvestimento em capacidades militares deve ser corrigido rapidamente, com a urgência de garantir a segurança do bloco europeu.

Durante a coletiva de imprensa, von der Leyen afirmou: “Precisamos nos preparar para o pior e, portanto, aumentar os gastos com defesa.” Essa declaração reflete uma nova postura da Europa diante de um cenário geopolítico desafiador, onde a segurança do continente pode estar em risco devido a conflitos externos e a necessidade de uma resposta mais robusta da União Europeia.

Essa afirmação ocorre em um momento em que a relação entre os Estados Unidos e a Ucrânia enfrentou dificuldades, como evidenciado por um recente desentendimento entre o presidente norte-americano Donald Trump e o líder ucraniano, Vladimir Zelensky, em Washington. A troca de críticas entre Trump e a Europa, referente à falta de contribuições adequadas para a segurança da aliança, intensificou o debate sobre a capacidade de defesa europeia. Trump, por sua vez, havia exigido que os países europeus aumentassem seus gastos de defesa para 5% do PIB, o que suscita um questionamento sobre o comprometimento dos Estados-membros com a segurança coletiva.

Adicionalmente, o secretário de Defesa dos EUA, Pete Hegseth, reafirmou que a presença militar americana na Europa não está em questionamento, uma declaração que busca assegurar aos aliados europeus que a proteção em face das ameaças externas ainda é uma prioridade para Washington. No entanto, a mensagem clara de von der Leyen é que a Europa deve tomar as rédeas de sua própria segurança e não depender inteiramente da tutela dos Estados Unidos.

Com esse novo cenário, a União Europeia parece estar se preparando para um futuro em que a autonomia em defesa será crucial, e a ênfase na construção de uma capacidade defensiva sólida é uma reação ao histórico recente de instabilidade no leste europeu e à dinâmica cambiante das alianças internacionais.

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