Urgência em tratamento: Bolsonaro tem crises de soluços recorrentes e pode ser internado para exames e cirurgia, segundo avaliação médica e decisão do STF.

O ex-presidente Jair Bolsonaro enfrenta uma severa condição de saúde que vem gerando preocupação, com crises recorrentes de soluços que chegam a ocorrer entre 30 e 40 vezes por minuto. Essa situação levou à intervenção do Supremo Tribunal Federal (STF), que priorizou o tratamento das crises em vez de uma cirurgia inicialmente solicitada pela defesa de Bolsonaro.

Com a autorização do ministro Alexandre de Moraes, o ex-presidente deve ser transferido para um hospital próximo à Superintendência da Polícia Federal. A expectativa é que sua internação dure entre cinco e sete dias, o que permitirá não só a realização do procedimento cirúrgico, mas também a execução de uma série de exames que visam atualizar o estado geral de saúde de Bolsonaro.

A equipe médica e jurídica do ex-presidente solicitou celeridade na cirurgia, porém, uma perícia composta por quatro médicos da Polícia Federal determinou que, apesar da necessidade do procedimento, não havia urgência extrema. O laudo enfatiza que, em contraste com o quadro preocupante dos soluços, a cirurgia pode ser programada, mas a proximidade de um atendimento para a crise de soluços é essencial.

Com a data do procedimento sendo definida pela equipe médica, a transferência do ex-presidente será formalmente encaminhada à Procuradoria-Geral da República (PGR), que terá um prazo de até 24 horas para apresentar sua manifestação. A palavra final ficará a cargo do STF, que decidirá os próximos passos no caso.

Durante sua internação, Jair Bolsonaro também passará por exames para monitorar um câncer de pele já diagnosticado, além de outros cuidados médicos imprescindíveis para oferecer um panorama completo de sua saúde. De acordo com o advogado Theo Cury, esses laudos poderão ser relevantes para a defesa em um futuro pedido de prisão domiciliar.

Embora o quadro de saúde de Bolsonaro não apresente emergência cirúrgica imediata, os médicos da Polícia Federal reiteram que a prioridade é abordar as crises frequentes de soluços, um sintoma que tem se mostrado cada vez mais disruptivo para a saúde do ex-presidente. A situação desperta crescente atenção, tanto da população quanto das autoridades, quanto à saúde do ex-mandatário.

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