Universidade Mackenzie reavalia vínculo com ex-ministro acusado de assédio sexual em meio a denúncias que levaram à demissão.

A Universidade Presbiteriana Mackenzie, uma das instituições de ensino privado mais renomadas do Brasil, está reavaliando o vínculo com o ex-ministro dos Direitos Humanos e Cidadania, Silvio Almeida. O jurista foi demitido do governo Lula devido a denúncias de assédio sexual, o que gerou grande repercussão na mídia e na sociedade.

Silvio Almeida integra o corpo docente de graduação e pós-graduação stricto sensu no Campus Higienópolis, em São Paulo. No entanto, a universidade informou que o professor não está ministrando aulas neste semestre e que irá ouvi-lo após o encerramento deste ciclo acadêmico para tomar uma decisão sobre seu vínculo com a instituição, levando em consideração as acusações de assédio que pesam sobre ele.

Além da Mackenzie, Silvio Almeida também lecionou em outras instituições de ensino renomadas, como a Fundação Getúlio Vargas, a Universidade São Judas e a Universidade Zumbi dos Palmares. Seu currículo acadêmico é extenso, com graduação em Filosofia pela Universidade de São Paulo (USP), em Direito Econômico pela Mackenzie, além de mestrado, doutorado e pós-doutorado em Direito.

As denúncias de assédio contra Silvio Almeida, reveladas pelo colunista Guilherme Amado, trouxeram à tona um escândalo que culminou em sua demissão do governo. Uma das supostas vítimas do ex-ministro é a ministra de Igualdade Racial, Anielle Franco. Com a saída de Almeida, Macaé Evaristo foi escolhida para assumir o Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania.

A Universidade Mackenzie enfrenta agora o desafio de avaliar o desempenho acadêmico de Silvio Almeida diante das acusações que pesam sobre ele, seguindo um processo ético e transparente. É preciso considerar não apenas os méritos acadêmicos do jurista, mas também a gravidade das acusações de assédio que vieram à tona e que podem comprometer sua atuação como docente e membro da comunidade acadêmica.

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