As taxas variam conforme o fabricante, com a BYD tendo uma tarifa de 17%, Geely com 18,8% e a fabricante SAIC sendo tributada em até 35,3%. Veículos de empresas que cooperarem com a CE terão uma tarifa média de 20,7%. Em contrapartida, os automóveis da Tesla, uma gigante americana, estarão sujeitos a uma tarifa relativamente baixa de 7,8%.
A reação da China foi imediata. O governo chinês manifestou sua oposição à implementação das tarifas e já acionou a Organização Mundial do Comércio (OMC), afirmando que tomará medidas necessárias para proteger os interesses das suas empresas. A declaração do governo chinês destaca a posição defensiva que o país adotará para mitigar o impacto dessas tarifas, que considera injustas e prejudiciais.
No entanto, a aprovação das tarifas não foi unânime entre os membros da UE. A Hungria, sob a liderança do primeiro-ministro Viktor Orbán, expressou preocupações de que essa ação pode desencadear uma “Guerra Fria econômica”. Orbán chamou as tarifas de “enorme ameaça” para a economia húngara, que depende fortemente da exportação de veículos elétricos em parceria com a Alemanha, cujas montadoras utilizam baterias fabricadas na China.
Além disso, a Alemanha, principal economia da UE, também se posicionou contra a imposição das tarifas, refletindo a divisão interna entre os países-membros sobre como abordar esta questão complexa.
A implementação dessas tarifas é um dos vários movimentos recentes que evidenciam a crescente tensão nas relações comerciais globais, especialmente no setor tecnológico e automotivo, onde a competição entre a China e o Ocidente se intensifica.