União Europeia Afirma que Posição Sobre Guerra em Israel e Irã Não Inclui Troca de Regime, Destacando Preocupações com Armas Nucleares

Na quarta-feira, a União Europeia reafirmou sua posição sobre a guerra entre Israel e o Irã, ao afirmar que a defesa de uma troca de regime no Irã não faz parte da estratégia comum do bloco. O pronunciamiento ocorre em um contexto de crescente tensões na região, onde há especulações de que o objetivo final de Israel, aliado dos Estados Unidos, possa ser a derrubada do governo iraniano. Esse governo, liderado pelos aiatolás desde a Revolução Islâmica de 1979, é visto como uma ameaça à segurança por várias nações ocidentais.

Anouar El Anouni, porta-voz do Serviço de Ação Externa da União Europeia, deixou claro que a mudança de regime não é uma parte da agenda acordada, ressaltando a preocupação do bloco com a possibilidade de o Irã adquirir armas nucleares. “Que fique claro: uma mudança de regime não se inclui na posição concordada da UE”, afirmou El Anouni, sublinhando a posição unânime dos países membros sobre a questão nuclear.

O tema é particularmente sensível, especialmente após declarações de líderes europeus que fazem frente a um potencial uso da força militar. Na terça-feira, o presidente francês, Emmanuel Macron, alertou que qualquer tentativa de alterar o regime no Irã poderia gerar um cenário caótico, agravar a instabilidade na região e causar impactos globais. O apelo à diplomacia está em primeiro plano, com Macron enfatizando a necessidade de uma abordagem que priorize o diálogo e a paz.

As declarações da União Europeia e da França vêm em um momento delicado em que as interações entre o Ocidente e o Irã estão sob intenso escrutínio. O bloco europeu busca encontrar um equilíbrio entre a pressão sobre Teerã em relação ao seu programa nuclear e a manutenção de uma posição que evite uma escalada militar. Com a comunidade internacional atenta, as próximas semanas poderão trazer desdobramentos significativos nessa intrincada teia de relações diplomáticas e estratégicas.