“É crucial que reconheçamos nossas limitações em relação à detecção de drones”, destacou o comissário, enfatizando a necessidade urgente de melhorar as infraestruturas e tecnologias disponíveis para enfrentar esse tipo de risco. Embora Kubilius acredite que é possível aprimorar significativamente essas capacidades em um horizonte de um ano, ele alertou que a criação de uma rede abrangente — que muitos têm chamado de “muro antidrone” — exigirá mais tempo e recursos. Essa rede deverá cobrir tanto áreas terrestres quanto marítimas, com a finalidade de rastrear e neutralizar drones que representem alguma ameaça.
O assunto ganhou destaque à medida que se aproxima uma reunião entre representantes de sete países europeus, além da Ucrânia e da Comissão Europeia. O encontro, agendado para a próxima sexta-feira, visa acelerar a implementação dessa barreira tecnológica ao longo da fronteira leste da União Europeia. Contudo, a ausência da Eslováquia e da Hungria na videoconferência levanta questionamentos sobre a eficácia do diálogo e a inclusão de todos os estados membros nas discussões relevantes.
Esse debate ocorre em um contexto de crescentes tensões militares na Europa. A Rússia, por sua vez, expressa preocupações sobre as atividades da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) nas suas fronteiras, considerando-as uma intensificação da política de contenção. O Ministério das Relações Exteriores da Rússia declarou estar aberto ao diálogo com a Aliança Atlântica, mas ressaltou a importância de que as conversas sejam baseadas em igualdade.
Enquanto isso, o Kremlin reforça a mensagem de que não busca ameaçar nenhum país, mas que não hesitará em reagir a ações que considerar prejudiciais aos seus interesses estratégicos. Esse cenário complexo exige uma resposta coordenada e eficaz por parte da União Europeia, que enfrenta a pressão de modernizar suas capacidades de defesa em um clima internacional cada vez mais instável e polarizado.