A derrota do partido na capital paranaense, onde os candidatos Luciano Ducci (PSB), Cristina Graeml (PMB) e Eduardo Pimentel (PSD) obtiveram, respectivamente, 19,44%, 31,17% e 33,51% dos votos, deixou a legenda em uma posição difícil. Leprevost, que atribuía parte do fracasso à influência negativa de Sergio Moro, expressou que o senador atrapalhou a campanha com seu comportamento considerado “vaidoso”, além de agregar uma rejeição significativa entre os eleitores, complicando a visão que os eleitores tinham de sua chapa.
Em suas declarações, Leprevost destacou que a presença de Moro nos eventos eleitorais não só não acrescentava valor, mas construiu uma imagem desfavorável. Ele chegou a afirmar que Moro “abandonou” a campanha e alfinetou sobre a decisão de colocar a esposa como vice-candidata, uma manobra que, segundo ele, desestabilizou sua candidatura. Já Moro, por sua vez, defendeu-se afirmando que Leprevost estava tentando transferir a responsabilidade pela derrota.
As tensões entre os integrantes do União Brasil e a figura de Moro evidenciam uma divisão na legenda, que se vê diante da difícil tarefa de superar suas dificuldades políticas e preservar a coesão interna. A situação atual pode resultar em uma mudança significativa na dinâmica do partido, uma vez que a possível expulsão de Moro colocaria em dúvida seu futuro político dentro da legenda e, potencialmente, no cenário eleitoral brasileiro. O desdobramento desse conflito interno deverá ser acompanhado de perto, uma vez que poderá impactar não apenas o União Brasil, mas também as próximas eleições em Curitiba e em outros locais do país.