Logo no primeiro dia em que assumiu o cargo, Massa deixou claro que seu foco principal era a candidatura presidencial. E, mesmo com a situação política e judicial conturbada do país na época, ele assumiu a caneta mais poderosa do país e seguiu em frente.
Desde o início, o Ministério da Economia se tornou um território político, rompendo com as práticas dos antecessores. Massa desligou os monitores do gabinete e deixou de acompanhar minuto a minuto as reservas do país, a cotação do dólar e outros indicadores econômicos. Para ele, o telefone era suficiente e a temperatura da rua era o que realmente importava.
O ministro traçou suas prioridades e as transformou em um roteiro. No curto prazo, seu plano envolvia as eleições que se aproximavam, como as Primárias Abertas Simultâneas e Obrigatórias (PASO) e as eleições definitivas. Mas como ele conseguiu sair na frente nas eleições mesmo com a difícil situação econômica do país?
A resposta está na aliança inquebrável entre o peronismo e a ala sindical. Massa soube trabalhar os medos e preocupações do eleitorado, que inclui uma grande parcela da população dependente de benefícios do Estado, como aposentados, pensionistas e beneficiários de planos sociais. Ele se apresentou como a melhor opção para proteger esses direitos e abraçou a causa da classe trabalhadora.
O ministro implementou uma série de medidas para aliviar a situação econômica da população, como o reembolso de compras nos supermercados, adiamento de aumentos de tarifas, bônus para desempregados e trabalhadores informais, entre outras iniciativas. Ele também prometeu uma política de união nacional se fosse eleito presidente.
Essas medidas foram acompanhadas por campanhas de comunicação em diferentes setores, reforçando a imagem de Massa como defensor do povo argentino. Embora a falta de moderação do governo anterior tenha contribuído para a desconfiança da população, Massa soube aproveitar essa situação a seu favor.
Agora, ele se prepara para a batalha final, que ocorrerá em novembro. Ele sabe que precisa conquistar parte do eleitorado do Juntos pela Mudança, seu principal adversário, e está focado em seduzir esse segmento da população.
No entanto, não há magia na economia e os desafios ainda são muitos. À medida que o plano de estabilização econômica é adiado, os alarmes começam a soar cada vez mais alto. Mas Massa está confiante, com as pesquisas em mãos, e afirma que não soltará o leme no meio da tempestade.
Agora, resta esperar para ver se as estratégias de Massa serão suficientes para garantir sua vitória tanto nas eleições presidenciais quanto na busca por estabilidade econômica e bem-estar para o povo argentino.