Segundo o reitor Josealdo Tonholo, a decisão de ampliar as vagas atende a uma chamada do Ministério da Educação (MEC) devido à necessidade de expansão dos serviços na área da saúde, tanto nas universidades quanto nos hospitais ligados a elas. O pró-reitor de Graduação, Amauri Barros, destacou que a Ufal tem buscado aproveitar todas as oportunidades de ampliação de vagas oferecidas pelo MEC desde 2015, quando aderiu ao Programa Mais Médicos e dobrou a oferta de vagas. Com a ampliação atual, a universidade triplicará o número de vagas em relação a 2015, totalizando 240.
A decisão de ampliar as vagas de Medicina também foi embasada em um estudo da Universidade de São Paulo (USP), que apontou uma baixa relação de médicos por habitante no Brasil, em comparação com outros países. Além disso, a Ufal argumentou que possui tradição na formação de profissionais de saúde de qualidade e uma política consolidada de iniciação científica e tecnológica.
O planejamento da oferta de vagas será escalonado, com a previsão de ampliação de 10 vagas em Maceió e 5 em Arapiraca para o ano letivo de 2025, e a disponibilização total das novas vagas em Maceió até 2027.2. Além das contratações de professores necessárias para atender ao aumento de vagas, a Ufal também planeja novas contratações de técnicos de nível superior e médio, além de investimentos em infraestrutura.
A Ufal solicitou ao MEC um auxílio financeiro para investir na infraestrutura física do Campus A.C. Simões, incluindo obras em diversos setores, como o Bloco Multiprofissional de Saúde, Biotério Setorial, setor de Anatomia e a construção do Centro de Ensino, Pesquisa e Inovação. Em Arapiraca, o investimento previsto é ainda maior, com a reforma e adequação dos laboratórios, construção de novas salas de tutoria, salas de aula, auditório, salas para professores em tempo integral, aquisição de equipamentos médico-hospitalares e a construção de um Hospital Universitário.
O curso de Medicina em Arapiraca também ganhará um novo campo de prática com o Hospital Universitário do Agreste Alagoano, que terá um quadro assistencial de 190 profissionais e um investimento estimado em R$ 105 milhões. A expectativa é que a ampliação das vagas e a melhoria da infraestrutura contribuam para a formação de mais profissionais da saúde de qualidade, atendendo às demandas do sistema de saúde e contribuindo para o desenvolvimento do estado e do país.
