Mirian Alves, bibliotecária do Judiciário e coordenadora do clube, destacou que a narrativa do livro aborda questões relacionadas à maternidade, além de problemáticas enfrentadas por mulheres, principalmente as negras e periféricas. A obra foi descrita como crua, visceral e verdadeira.
“A Cachorra” conta a história de Damaris, uma mulher marcada por tragédias e violências desde cedo. A protagonista decide adotar um filhote de cachorra e constrói uma relação maternal com o animal, enquanto lida com frustrações e julgamentos em relação à sua própria maternidade.
Durante o debate, a servidora Andrea Santa Rosa compartilhou como a leitura a impactou e fez refletir sobre a pressão imposta às mulheres para serem boas em todas as áreas de suas vidas. Outra participante, Karinne Duarte, acrescentou que o peso do julgamento é ainda mais doloroso vindo de outras mulheres, mas ressaltou a importância de ser autêntica e não se moldar para agradar aos outros.
No fim da reunião, os participantes expressaram satisfação em realizar o debate no pátio do Museu Théo Brandão, um local simbólico para Alagoas. A diretora do MTB, Hildênia Oliveira, destacou a importância de abraçar a literatura e afirmou que o museu sempre estará aberto para sediar eventos culturais.
O encontro no museu proporcionou momentos de troca de ideias, reflexões e conexão entre os participantes, reforçando a importância da leitura e do compartilhamento de experiências literárias. O Clube do Livro Direito e Literatura segue com suas atividades, incentivando a cultura e a formação de leitores dentro do Judiciário alagoano.