Segundo Fabiana Rechembach, uma das coordenadoras do Clube de Leitura, a realização do sarau como encerramento do ciclo se deu pela alta demanda de participantes que não puderam ser atendidos devido ao limite de vagas. Dessa forma, o sarau aberto ao público possibilitou que a sociedade em geral mergulhasse nos temas debatidos de forma lúdica, porém mantendo o rigor teórico do projeto.
O evento teve início com a emocionante performance “Que tipo de narrativas a sua dança revela?”, realizada pela professora Ana Clara Oliveira, seguida pela exposição “A luta contra o corpo rebelde: silenciamento e insurgência”, que trouxe obras de artistas nordestinos refletindo as temáticas discutidas.
O destaque da programação foi o debate conduzido pelo coletivo Sycorax sobre a figura da bruxa no imaginário social, trazendo à tona questões de resistência e conhecimento ancestral associados a essa figura muitas vezes estigmatizada. Além disso, houve momentos de vivências poéticas e homenagem à cantora Rita Lee, finalizando com uma discotecagem repleta de músicas interpretadas por mulheres.
A diretora do Museu Théo Brandão, Hildênia Oliveira, ressaltou a importância de espaços culturais como esse para promover momentos de debate e reflexão, destacando o compromisso do museu como extensão da Universidade Federal de Alagoas (Ufal). Para Samara Albuquerque, participante do Clube Fogueira de Lilith, a experiência foi transformadora, trazendo uma nova visão sobre a história das mulheres na sociedade.
O sarau “Atravessando a Fogueira” foi um sucesso e reforçou a importância do diálogo e da reflexão sobre questões feministas e de gênero, mostrando que eventos como esse são essenciais para promover a inclusão e a diversidade na sociedade.