O espaço também abrigará as atividades do projeto Solo Vivo, que tem como objetivo resgatar saberes sobre a agrobiodiversidade e a geodiversidade presentes em povos tradicionais de Alagoas. Além disso, será uma área de convivência para os bolsistas do Neabi e um local de atendimento para estudantes, técnicos e professores do Ceca. A decoração e mobiliário da sala foram cuidadosamente escolhidos por Waldira Farias Barro, estudante do curso de Engenharia de Agrimensura e Cartográfica.
O diretor do Ceca, Gaus Andrade, destacou a importância do espaço para os estudantes, ressaltando a participação em projetos de extensão tecnológica, como a implementação do sistema de Aquaponia junto à comunidade indígena venezuelana dos Warao.
A presença do espaço destinado ao Neabi no Ceca é vista pela professora Vanuze Costa como um sinal do compromisso da direção do Campus e da coordenação do Núcleo com a representatividade dos povos tradicionais. A professora Regla Toujaguez, que faz parte da coordenação do Neabi/Ceca, enfatizou a importância do espaço para acolhimento e troca de conhecimentos sobre os povos afro-brasileiros e indígenas, bem como para as discussões sobre raça e povos originários não apenas do Brasil, mas também da África, América Latina e Caribe.
A sala Aqualtune recebe esse nome em homenagem à princesa guerreira do Congo, Aqualtune, que foi escravizada e enviada para o Brasil no final do século XVI. Com uma história de resistência, Aqualtune liderou uma fuga em direção a um reduto de africanos livres, e entre seus descendentes estão guerreiros importantes, como Gamba Zumba e Sabina, mãe de Zumbi, último líder do Quilombo dos Palmares. A inauguração da sala Aqualtune representa mais um passo na valorização e difusão da cultura e história dos povos afro-brasileiros e indígenas na Ufal.
