De acordo com Reinaldo Cabral, diretor do Núcleo de Tecnologia da Informação (NTI/Ufal), essa mudança surge como uma resposta direta às demandas da comunidade acadêmica, que clama por uma internet mais robusta e de qualidade. “Atualmente, a internet é um serviço essencial para educação, pesquisa e administração. Com os novos anéis ópticos, esperamos aumentar a disponibilidade e a qualidade da internet em todas as unidades”, comenta Cabral.
Os anéis ópticos estão projetados para funcionarem como rotas alternativas de conexão. Isso significa que, se uma conexão falhar devido a problemas como quedas de energia ou rompimento de fibras, o tráfego de dados será automaticamente redirecionado por outro caminho, garantindo continuidade no serviço e reduzindo a necessidade de intervenções manuais. Essa capacidade de adaptação em tempo real se traduz em uma latência muito baixa, entre alguns segundos, mesmo em situações adversas.
O escopo do projeto abrange o Campus A. C. Simões, onde novos switches e módulos ópticos serão instalados, todos com suporte para velocidades de até 10 Gbps. Esta atualização é esperada para oferecer navegação mais fluida, videoconferências de alta qualidade, menor latência durante horários de pico e suporte a tecnologias emergentes, como 5G e internet das coisas (IoT).
Os desafios técnicos são variados e incluem planejamento cuidadoso das rotas de instalação, integração com equipamentos existentes de diferentes fabricantes e a necessidade de atualizações da rede com o mínimo de interrupções. Francisco Meneses, coordenador geral de redes, destaca que, antes de cada substituição, a equipe realiza uma série de testes e simulações. Até o momento, a interrupção mais longa registrada foi de 40 minutos em uma unidade de grande volume de conexões.
Para minimizar problemas históricos que marcaram a conectividade da Ufal, como frequentes falhas causadas por rompimentos de fibras, a elaboração do projeto de anéis ópticos se torna ainda mais relevante. As interrupções causadas por acidentes de veículos, podas de árvores e até vandalismo, que antes comprometiam o acesso à internet em várias unidades, agora tendem a ser drasticamente reduzidas.
A implantação dos anéis ópticos faz parte de um plano maior de transformação digital da instituição, que começou a ser desenvolvido em 2020. Este esforço envolve a recuperação da rede principal, instalação de novas fibras, proteção elétrica dos racks e aquisição de equipamentos modernos que suportem protocolos avançados de rede.
Embora a instalação física dos anéis já esteja concluída, a equipe da Ufal continua a avançar nas etapas de configuração e substituição de equipamentos de forma gradual e planejada. As unidades afetadas serão informadas previamente sobre as mudanças, e um cronograma rigoroso está sendo seguido para garantir a conclusão do projeto dentro do prazo previsto. Com a implementação dos anéis ópticos, a expectativa é que a conectividade do campus alcance um novo patamar, atendendo adequadamente às exigências acadêmicas e administrativas da Ufal.