Durante a celebração, foram abordados temas como preconceito, medos, angústias, desejos, visibilidade e invisibilidade, negação de direitos, e redes de fortalecimento. A psicanalista e primeira mulher trans advogada de Alagoas, Áurea Vasques, ressaltou a importância das iniciativas como o Espaço Trans e o grupo de apoio, como espaços seguros para a comunidade trans se conhecer, se entender e ser atendida.
A Unidade Docente Assistencial não apenas oferece assistência à população circunvizinha, mas também funciona como um ambiente de formação acadêmica para alunos de graduação e pós-graduação, seguindo os princípios do Sistema Único de Saúde (SUS). A psicóloga Fernanda Lins revelou que o grupo de apoio LGBTQIAPN+ foi idealizado como uma forma de conectar a UDA com o ambulatório trans, para oferecer acolhimento e orientação a pessoas em situação de vulnerabilidade.
No mesmo sentido, desde agosto de 2021, o Hospital Universitário conta com o Espaço Trans, destinado ao atendimento exclusivo do público trans. O local acolhe e atende pessoas trans para iniciar o processo de avaliação médica para hormonioterapia e outros encaminhamentos. A equipe multidisciplinar do Espaço é composta por assistente social, enfermeira com especialidade em saúde mental, psicóloga, endocrinologista e residentes de Psiquiatria. Além disso, a unidade mantém parceria com um professor fonoaudiólogo do curso de Artes Cênicas de uma das unidades da Universidade.
Por fim, a iniciativa do grupo de apoio LGBTQIAPN+ e a criação do Espaço Trans são fundamentais para a promoção da visibilidade e da acolhida para a comunidade trans, contribuindo para a luta contra a transfobia e a garantia de direitos básicos e dignos para essas pessoas.
