Ufal forma primeira mulher travesti em Jornalismo: uma vitória histórica contra o preconceito e a marginalização social.



A Universidade Federal de Alagoas (Ufal) acaba de fazer história ao formar a primeira mulher travesti no curso de Jornalismo. Diana Maria Justino de Souza, uma alagoana de 25 anos, superou diversos desafios e preconceitos para alcançar esse feito histórico. Sua jornada acadêmica é um verdadeiro exemplo de luta contra a marginalização social e a discriminação enfrentada por indivíduos da comunidade LGBTQIA+.

A conquista do diploma foi um marco significativo na vida de Diana, que destacou a importância da vitória pessoal e da celebração de sua identidade. Além disso, a recém-formada tornou-se a primeira de sua família a obter um diploma de ensino superior, o que ressalta ainda mais a magnitude desse feito.

O Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) de Diana, intitulado “Quem sou eu, Sinimbu?”, abordou a experiência da população em situação de rua na Praça Sinimbu, em Maceió. A pesquisa foi orientada pela professora Magnólia Rejane Martins e avaliada por um corpo docente renomado, ressaltando a relevância e a qualidade do trabalho desenvolvido por Diana.

Durante o desenvolvimento do projeto, a recém-formada vivenciou de perto a realidade das pessoas que habitam a praça, buscando humanizar suas histórias e quebrar estigmas sociais através do jornalismo literário. O TCC de Diana recebeu nota máxima e foi bem recebido pela banca examinadora.

Com planos ambiciosos para o futuro, Diana pretende ingressar no mestrado em 2025 e seguir para o doutorado. Ela ressalta a importância da educação em sua vida e agradece o apoio incondicional de sua mãe, que fez sacrifícios para que ela pudesse ter acesso à educação.

Apesar de celebrar sua conquista pessoal, Diana destaca a necessidade de combater a transfobia no Brasil e de inspirar outras meninas trans e travestis a seguirem seus sonhos. Para ela, a educação é uma poderosa ferramenta de transformação social e é fundamental quebrar os limites impostos pela sociedade.

A história de Diana Maria Justino de Souza na Ufal representa um marco na inclusão e diversidade, mostrando que todos são capazes de ocupar os espaços que desejam, independentemente de sua identidade de gênero. Que sua trajetória inspire mudanças e conquistas para indivíduos LGBTQIA+ em todo o país.

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