O projeto teve início na Faculdade de Letras (Fale), onde os estudantes criaram um e-mail, perfil no Instagram e canal no Youtube para produzir e disponibilizar conteúdos visuais. Com o tempo, começaram a fazer audiodescrição de diversos materiais, como livros, filmes, conferências e obras de arte. Foi então que decidiram profissionalizar a iniciativa.
Felipe Neves, um dos idealizadores do Pra Ver Ouvir, destacou a importância da audiodescrição como um recurso de acessibilidade que permite que pessoas com deficiência visual tenham acesso à informação. Desde 2019, ele ministra capacitações em audiodescrição para professores da graduação e bolsistas do Núcleo de Acessibilidade (NAC) da Ufal. Além disso, em 2022, foi o primeiro pesquisador cego a receber o título de Excelência Acadêmica com uma pesquisa em Audiodescrição Científica.
Por outro lado, Ienmily Araújo, também estudante de Letras – português pela Ufal, tem se dedicado à acessibilidade comunicacional, realizando audiodescrições de diferentes tipos de materiais, ministrando palestras e oficinas sobre práticas inclusivas e pesquisando sobre audiodescrição poética.
A Pra Ver Ouvir disponibiliza mais informações sobre o projeto em seu perfil no Instagram e Youtube, assim como também pode ser contatada por e-mail. A audiodescrição, segundo a Norma Técnica Brasileira, é um recurso fundamental para garantir o direito à informação das pessoas com deficiência visual, sendo realizada por uma equipe de audiodescritores qualificados, incluindo um audiodescritor consultor.
