Neste dia, o Diretório Acadêmico de História (DAHis) da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) promove um debate intitulado “Os desafios para a permanência de travestis e pessoas trans na Universidade”, no Pátio do Ichca, às 19h30. A Ufal tem se destacado na implementação de políticas inclusivas, como o uso do nome social em documentos oficiais desde 2016, após a aprovação de uma resolução pelo Conselho Universitário.
Além disso, a universidade tem ampliado programas de assistência estudantil, incluindo atendimento psicossocial especializado para estudantes trans. Recentemente, a Resolução de Cotas Ações Afirmativas na pós-graduação da Ufal passou a incluir a população transgênero, demonstrando o compromisso da instituição em promover a diversidade e a inclusão.
No entanto, os desafios persistem, e estudantes trans ainda enfrentam obstáculos para concluir seus cursos superiores. Apesar disso, a Ufal celebrou recentemente as primeiras colações de grau de estudantes trans, como Thomas Noah Tysaj da Conceição Silva, do curso de Educação Física Licenciatura, e Diana Maria Justino de Souza, formada em Jornalismo. Essas conquistas representam não apenas triunfos individuais, mas também marcos importantes na luta por uma educação inclusiva e livre de preconceitos.
No Brasil, a violência e a exclusão social continuam sendo uma realidade para muitas pessoas trans, e o Dia da Visibilidade Trans serve como um lembrete da importância de combater o preconceito e promover a inclusão em toda a sociedade. Apesar dos avanços, é fundamental continuar ampliando os direitos e as políticas de apoio para garantir que a comunidade trans tenha acesso pleno à educação superior.
Neste contexto, o professor Elias Veras, da Ufal, tem se destacado nas discussões sobre a história LGBTQIAPN+. Através de seu trabalho com o Grupo de Estudos e Pesquisas em História, Gênero e Sexualidade (GEPHGS) da universidade, ele promove debates e pesquisas que visam ampliar a visibilidade e os direitos da comunidade LGBTQIAPN+, especialmente das pessoas trans.
Em um cenário ainda predominantemente cisnormativo e transfóbico, a universidade está em constante movimento de mudança, buscando promover a diversidade e o respeito. A participação ativa de estudantes trans e travestis na construção de narrativas e no processo acadêmico é crucial para disseminar conhecimento e superar preconceitos.
Portanto, o Dia da Visibilidade Trans não é apenas uma celebração, mas um lembrete da importância contínua de lutar pela igualdade e pela inclusão em todos os âmbitos da sociedade. É necessário seguir ampliando os direitos e as políticas de apoio para garantir que todas as pessoas, independentemente de sua identidade de gênero, tenham acesso igualitário à educação e à cidadania.