UFAL – Dia da Visibilidade Trans: Universidade Federal de Alagoas amplia direitos e desafios para a comunidade transgênero em evento de debate.



No dia 29 de janeiro, comemoramos o Dia da Visibilidade Trans no Brasil, uma data que representa a luta constante por reconhecimento e igualdade para a comunidade transgênera. Instituído em 2004, este dia marca a batalha travada no Congresso Nacional em prol da visibilidade e respeito às reivindicações das pessoas travestis e trans no Brasil, além de conscientizar a sociedade sobre os desafios enfrentados por essa população.

Neste dia, o Diretório Acadêmico de História (DAHis) da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) promove um debate intitulado “Os desafios para a permanência de travestis e pessoas trans na Universidade”, no Pátio do Ichca, às 19h30. A Ufal tem se destacado na implementação de políticas inclusivas, como o uso do nome social em documentos oficiais desde 2016, após a aprovação de uma resolução pelo Conselho Universitário.

Além disso, a universidade tem ampliado programas de assistência estudantil, incluindo atendimento psicossocial especializado para estudantes trans. Recentemente, a Resolução de Cotas Ações Afirmativas na pós-graduação da Ufal passou a incluir a população transgênero, demonstrando o compromisso da instituição em promover a diversidade e a inclusão.

No entanto, os desafios persistem, e estudantes trans ainda enfrentam obstáculos para concluir seus cursos superiores. Apesar disso, a Ufal celebrou recentemente as primeiras colações de grau de estudantes trans, como Thomas Noah Tysaj da Conceição Silva, do curso de Educação Física Licenciatura, e Diana Maria Justino de Souza, formada em Jornalismo. Essas conquistas representam não apenas triunfos individuais, mas também marcos importantes na luta por uma educação inclusiva e livre de preconceitos.

No Brasil, a violência e a exclusão social continuam sendo uma realidade para muitas pessoas trans, e o Dia da Visibilidade Trans serve como um lembrete da importância de combater o preconceito e promover a inclusão em toda a sociedade. Apesar dos avanços, é fundamental continuar ampliando os direitos e as políticas de apoio para garantir que a comunidade trans tenha acesso pleno à educação superior.

Neste contexto, o professor Elias Veras, da Ufal, tem se destacado nas discussões sobre a história LGBTQIAPN+. Através de seu trabalho com o Grupo de Estudos e Pesquisas em História, Gênero e Sexualidade (GEPHGS) da universidade, ele promove debates e pesquisas que visam ampliar a visibilidade e os direitos da comunidade LGBTQIAPN+, especialmente das pessoas trans.

Em um cenário ainda predominantemente cisnormativo e transfóbico, a universidade está em constante movimento de mudança, buscando promover a diversidade e o respeito. A participação ativa de estudantes trans e travestis na construção de narrativas e no processo acadêmico é crucial para disseminar conhecimento e superar preconceitos.

Portanto, o Dia da Visibilidade Trans não é apenas uma celebração, mas um lembrete da importância contínua de lutar pela igualdade e pela inclusão em todos os âmbitos da sociedade. É necessário seguir ampliando os direitos e as políticas de apoio para garantir que todas as pessoas, independentemente de sua identidade de gênero, tenham acesso igualitário à educação e à cidadania.

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