O objetivo do clube é discutir a história do mundo a partir da perspectiva de escritoras mulheres, levando em consideração a necessidade de ampliar a difusão dessas obras em nosso contexto socioespacial. Com um total de quinze vagas disponíveis, a procura foi intensa e todas foram preenchidas em menos de três horas após o início das inscrições. Fabiana Rechembach, coordenadora do clube, ressaltou a importância da proposta ao receber um número significativo de interessadas, demonstrando a relevância do tema e o acerto da iniciativa.
A leitura escolhida para discussão no clube, “Calibã e a bruxa: mulheres, corpo e acumulação primitiva”, escrita pela filósofa e ativista italiana Silvia Federici, exigirá um fluxo de leitura de meio capítulo por mês devido à densidade do conteúdo. As integrantes se reunirão mensalmente até o final do ano, sob mediação da professora Elvira Simões Barretto, da FSSO, para aprofundar nos temas abordados e relacionados.
Mila Madeira, uma das idealizadoras do clube, enfatiza a diversidade de participantes, que abrange diferentes realidades e pontos de vista. A proposta é criar um espaço para discussões enriquecedoras que considerem as variadas experiências e perspectivas individuais e coletivas das mulheres envolvidas. A museóloga Hildênia Oliveira, diretora do Museu Théo Brandão, comemora a rápida adesão ao projeto, destacando a importância das discussões feministas para a compreensão da sociedade.
Ao trazer para seu pátio a pauta das discussões feministas, o Museu Théo Brandão se mostra como um espaço de vanguarda, abrindo caminho para debates importantes e necessários. A expectativa é que a Fogueira de Lilith inspire a criação de mais espaços semelhantes, promovendo o empoderamento das mulheres e a disseminação do conhecimento. Este é mais um passo rumo à igualdade de gênero e à valorização das vozes femininas na sociedade.