Dos 50 anos de serviço público, 28 foram dedicados ao cerimonial universitário. Carminha, como mestre de cerimônia, teve o privilégio de acompanhar de perto a evolução da Ufal. A instituição proporcionou-lhe oportunidades de crescimento pessoal e profissional, tornando-se um patrimônio do povo alagoano. “Eu vi a Ufal crescer e ela me fez crescer também”, afirma Carminha com orgulho.
A despedida dos colegas e amigos da Pró-reitoria Estudantil (Proest) foi à altura de sua contribuição. Com a presença de representantes da gestão universitária, amigos, familiares e do reitor Josealdo Tonholo, a cerimônia foi marcada por emoção e reconhecimento. Carminha relembra com carinho as palavras de afeto que tanto a aquecem: “Eu já não sou a mesma, desde o momento em que passei a ser chamada de ‘Carminha da Ufal’.”
Após a aposentadoria, Carminha continua a ver-se como uma “parte viva” da Ufal. “É um privilégio quando alguém me reconhece e fala: ‘Você é da Ufal, não é? Foi quem fez minha colação de grau!’” Para ela, esse reconhecimento é o ápice de sua trajetória. Técnica em Assuntos Educacionais (TAE), Carminha ingressou na Ufal em 18 de junho de 1974, trabalhando inicialmente no Departamento de Educação. De lá para cá, acumulou vasta experiência e conhecimento, semeando amizades duradouras.
Sua trajetória inclui a participação na Comissão da Constituição de 1988, e atuações importantes em diversos setores da Universidade, especialmente aqueles ligados ao atendimento ao estudante. “A atuação no DAA foi um grande desafio, saindo das coordenações de apenas três cursos para atuar com todos os cursos de graduação da Ufal”, relembra.
Além do trabalho administrativo, Carminha destacou-se em áreas como teatro e coro universitário. Nos seus 28 anos no cerimonial, ela pôde testemunhar momentos históricos, como a abertura dos campi de Arapiraca e do Sertão. “Foi gratificante participar do lançamento da pedra fundamental desses campi e da colação de grau das suas primeiras turmas”, rememora emocionada.
Os desafios da pandemia de Covid-19 marcaram profundamente Carminha, que só pôde retornar à rotina universitária em 2022. “Foi difícil encarar a mudança radical de vida e ver tanta gente querida partir. Mas retornar à Ufal foi como voltar a viver”, compartilha com emoção.
Agora, Carminha tenta adaptar-se ao seu novo ciclo de vida. Embora a vontade de continuar ativa seja grande, ela reconhece que “o tempo chegou”. Planeja focar na saúde, retornar às atividades físicas e às aulas de inglês, além de continuar sua paixão pelo cerimonial universitário através de consultorias. Maria do Carmo Azevedo será homenageada com a Medalha do Mérito Universitário pelos 50 anos de serviço, um reconhecimento merecido por sua trajetória e contribuição à história da Ufal.
Sempre grata, Carminha agradece a todos que fizeram parte de sua jornada, desde colegas de trabalho até a gestão central. E para a comunidade universitária, suas palavras de saudação, “Senhoras e senhores, sejam todos bem-vindos e bem-vindas!”, continuarão ecoando na história da Ufal.
