O professor, que estava afastado desde maio, foi demitido dos quadros da universidade por “incontinência pública e conduta escandalosa, na repartição”, de acordo com os motivos detalhados no processo administrativo. Além disso, as acusações de assédio sexual também estão sendo investigadas em um procedimento criminal sigiloso conduzido pelo Ministério Público Federal (MPF) no Acre.
As denúncias foram feitas por oito alunos do Colégio de Aplicação da Ufac, com idades entre 14 e 17 anos, durante uma reunião em maio que contou com a presença de pais, professores e representantes da Associação dos Docentes da Universidade Federal do Acre (Adufac). As acusações incluíam comentários inapropriados sobre o corpo das alunas, toques inadequados e piadas de teor sexual proferidas pelo professor dentro e fora da sala de aula.
Uma das jovens relatou que, após ter sido alvo de comentários inadequados por parte do docente, foi orientada a não falar sobre o assunto, sendo coagida a manter silêncio. Os alunos também denunciaram que o professor se gabava de ter influência sobre a direção da escola, o que teria intimidado as vítimas a não denunciarem o assédio anteriormente.
Em entrevista à coluna, o professor demitido se defendeu das acusações, negando qualquer prática de assédio sexual e afirmando ser vítima de perseguição. Segundo ele, as acusações não têm fundamento e fazem parte de uma campanha difamatória contra sua reputação.
Com a demissão do professor e as investigações em andamento, a comunidade acadêmica aguarda por desdobramentos e medidas concretas para garantir a segurança e integridade dos estudantes do Colégio de Aplicação da Ufac. A expectativa é que as autoridades competentes conduzam uma investigação rigorosa para apurar os fatos e garantir a justiça diante de tão graves acusações.