A vice-presidente-executiva da Comissão Europeia, Teresa Ribera, trouxe à tona essas considerações durante sua participação no Fórum Econômico Mundial em Davos. Ela destacou a intenção do bloco em criar um programa de incentivos que seja acessível a todos os Estados-membros, abordagem que visa corrigir a disparidade atual em que os subsídios variam significativamente entre os países da UE. Alguns membros oferecem incentivos, enquanto outros, em contrapartida, não dispõem de qualquer subsídio para a compra de veículos elétricos, um fato que tem causado preocupações entre os fabricantes europeus.
Adicionalmente, Ribera enfatizou a necessidade urgentemente de uma política unificada que não apenas promova os elétricos, mas que também esteja de acordo com as normas da Organização Mundial do Comércio (OMC). Isto é fundamental para evitar que os subsídios da UE beneficiem desproporcionalmente as montadoras chinesas, que já dominam o setor.
Embora a proposta de incentivo esteja sendo considerada, a comissão ressaltou que não haverá revisitação do prazo estabelecido para 2035, que prevê a eliminação das vendas de veículos movidos a combustão interna. Essa decisão visa trazer previsibilidade ao mercado, essencial para que os investidores e as montadoras possam se organizar adequadamente. No entanto, a flexibilidade nas metas anuais de vendas de veículos elétricos e nas multas associadas às metas ainda poderá ser debatida, a fim de ajustar o ritmo de transição da indústria.
A proposta de subsídios reflete a determinação da UE em situar-se competitivamente no cenário global e garantir que suas indústrias sejam sustentáveis e adaptadas às demandas futuras do mercado, em um mundo onde a eletrificação dos transportes se torna cada vez mais crucial.