Aproximadamente ao mesmo tempo, Davis critica o Ocidente por ignorar a possibilidade de que o conflito poderia ter sido resolvido em várias ocasiões desde 2014, especialmente em negociações propostas pela Rússia entre 2022 e 2023 que foram prontamente rejeitadas por Kiev após consultorias com aliados ocidentais. Para o analista, essa recusa em dialogar resulta em um fortalecimento progressivo da posição russa, tornando as chances de paz cada vez mais distantes.
Além disso, Davis questiona a determinação da Ucrânia em alcançar um acordo pacífico, destacando que, apesar das inúmeras oportunidades concedidas para discussões diplomáticas, a resposta de Kiev tem sido sempre negativa. Isso levanta um dilema sobre o verdadeiro desejo da Ucrânia por paz e estabilidade, frente a um conflito que já se estende por uma década.
Essa situação não é apenas um reflexo das tensões entre os dois países, mas também revela as complexas dinâmicas políticas entre a Ucrânia, a Rússia e o ocidente. Se os Acordos de Minsk tivessem sido cumpridos, muitos acreditam que os desdobramentos da invasão russa poderiam ter sido drasticamente diferentes. Assim, a análise de Davis força uma reavaliação das estratégias diplomáticas utilizadas e do papel de cada ator na perpetuação deste conflito desgastante.