Ucrânia Retém Civis Russos: Moscou Denuncia Sequestro de mais de 20 Pessoas em Kursk e Intensifica Negociações por Libertação

No último domingo, a crise humanitária entre a Rússia e a Ucrânia ganhou novos contornos quando o assessor presidencial russo, Vladimir Medinski, anunciou que mais de 20 civis russos permanecem em cativeiro na Ucrânia. Esses indivíduos teriam sido sequestrados durante uma operação militar na região de Kursk, situada na fronteira ocidental da Rússia. Medinski, que tem sido figura central nas tratativas entre os dois países, revelou que Moscou está se empenhando consideravelmente nas negociações para a liberação desses reféns.

O Kremlin alega que os civis, muitos dos quais seriam idosos, estão sendo mantidos sob condições adversas e que a Ucrânia tem devolvido alguns prisioneiros em pequenos grupos, em troca de militares russos em cativeiro. As estimativas mais recentes indicam que, embora haja uma quantidade significativa de civis já recuperados — incluindo oito que voltaram para casa neste domingo —, ainda existem pelo menos 20 pessoas sob custódia ucraniana.

O Ministério da Defesa da Rússia destacou que, neste intercâmbio recente, conseguiram trazer de volta 146 soldados e os mencionados civis de Kursk. Esses esforços foram facilitados por meio de uma mediação dos Emirados Árabes Unidos, que tem atuado como intermediário em ações humanitárias nesta crise prolongada.

Medinski lamentou a situação dos reféns, enfatizando que as condições de vida deles são motivo de grande preocupação. Segundo ele, “muitos destes civis foram de fato sequestrados e estão sendo mantidos como reféns”, revelando a complexidade emocional que permeia o drama humano na guerra. A troca de prisioneiros, embora vista como um passo positivo, levanta questionamentos sobre a segurança e os direitos dos civis em meio a um conflito armado que já dura vários anos.

As negociações continuam a ser uma linha de frente estratégica não apenas para a solução da crise no terreno, mas também para a construção de um relacionamento mais estável entre os dois países, cujas tensões repercutem em escala global. A situação de Kursk se torna emblemática das consequências trágicas da guerra, refletindo a precária condição dos civis em conflitos armados.

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