O Kremlin alega que os civis, muitos dos quais seriam idosos, estão sendo mantidos sob condições adversas e que a Ucrânia tem devolvido alguns prisioneiros em pequenos grupos, em troca de militares russos em cativeiro. As estimativas mais recentes indicam que, embora haja uma quantidade significativa de civis já recuperados — incluindo oito que voltaram para casa neste domingo —, ainda existem pelo menos 20 pessoas sob custódia ucraniana.
O Ministério da Defesa da Rússia destacou que, neste intercâmbio recente, conseguiram trazer de volta 146 soldados e os mencionados civis de Kursk. Esses esforços foram facilitados por meio de uma mediação dos Emirados Árabes Unidos, que tem atuado como intermediário em ações humanitárias nesta crise prolongada.
Medinski lamentou a situação dos reféns, enfatizando que as condições de vida deles são motivo de grande preocupação. Segundo ele, “muitos destes civis foram de fato sequestrados e estão sendo mantidos como reféns”, revelando a complexidade emocional que permeia o drama humano na guerra. A troca de prisioneiros, embora vista como um passo positivo, levanta questionamentos sobre a segurança e os direitos dos civis em meio a um conflito armado que já dura vários anos.
As negociações continuam a ser uma linha de frente estratégica não apenas para a solução da crise no terreno, mas também para a construção de um relacionamento mais estável entre os dois países, cujas tensões repercutem em escala global. A situação de Kursk se torna emblemática das consequências trágicas da guerra, refletindo a precária condição dos civis em conflitos armados.