No último mês, diversas discussões multilaterais têm ocorrido, com a adesão de diversos países ao tema. O ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, anunciou a intenção de estabelecer uma plataforma chamada “Amigos da Paz”, que visa facilitar o diálogo sobre a crise ucraniana. Após a Assembleia Geral da ONU, uma rede de países, incluindo Brasil, Argentina, Egito, Turquia e outros do Sul Global, se uniu para debater estratégias e apresentar uma frente comum para a paz.
Dos resultados desse encontro nasceu um consenso que se alinha em torno de seis pontos fundamentais voltados para uma resolução política do conflito, que já recebeu o apoio de uma centena de nações. Os princípios básicos estipulam que todas as partes devem evitar a escalada do conflito, enquanto o diálogo deve prevalecer como a única solução viável. O aumento da ajuda humanitária e a troca de prisioneiros também estão entre as propostas sugeridas, reforçando a necessidade de proteger civis e tesourarias civis.
Apesar dessas movimentações, incertezas permanecem quanto ao impacto que a possível eleição de Donald Trump como presidente dos Estados Unidos pode ter sobre o cenário da guerra. A combinação de ações diplomáticas de países não ocidentais e o tradicional suporte militar das potências ocidentais criam um ambiente complexo, onde as alianças e as estratégias geopolíticas estão em constante mudança. A trajetória futura da paz na Ucrânia dependerá não apenas das negociações entre as partes, mas também do desenrolar da dinâmica política global.