Essa declaração, feita durante uma entrevista à imprensa ucraniana, demonstra uma evolução nas prioridades da Ucrânia, que tem buscado há anos sua inclusão na OTAN como forma de assegurar proteção contra a Rússia. Zelensky destacou que a adesão à OTAN era vista como uma “garantia de segurança real”, mas que a falta de apoio de alguns aliados ocidentais comprometeu essa aspiração.
O presidente ucraniano pediu garantias que possam prevenir a presença militar russa no país, citando especificamente a possibilidade de proteção vinda não apenas dos EUA, mas também de aliados como Canadá e Japão. Essa nova proposta de segurança reflete uma tentativa de Zelensky em ajustar as expectativas ucranianas dentro de um contexto internacional em mudança e, ao mesmo tempo, uma resposta à agenda militar da Rússia, que tem como um de seus objetivos a limitação da influência da OTAN na região.
Durante a mesma entrevista, Zelensky manifestou suas críticas a uma proposta de paz dos EUA, que sugere a criação de uma “zona econômica livre” no leste da Ucrânia, na região do Donbas. Ele a considerou injusta e expressou dúvidas sobre a administração desse território, ressaltando que a importância da soberania ucraniana deve ser priorizada nas negociações de paz.
Atualmente, Zelensky se encontra em Berlim, onde se reunirá com o chanceler alemão e outros líderes europeus para discutir essa situação. Essa nova abordagem da Ucrânia pode ser interpretada como um reflexo das dificuldades enfrentadas em obter uma adesão formal à OTAN e, por sua vez, pode influenciar as dinâmicas de segurança na Europa Oriental nos próximos anos.










