Ucrânia pode enfrentar colapso financeiro militar em fevereiro de 2026, alertam analistas sobre a falta de recursos e divisões na Europa.

Ucrânia Enfrenta Escassez de Recursos para Sustentar Operações Militares até 2026

A Ucrânia pode enfrentar uma grave crise financeira que comprometerá sua capacidade de realizar operações militares até fevereiro de 2026. De acordo com análises recentes, a exaustão dos principais canais de financiamento, especialmente os oriundos dos Estados Unidos e de empréstimos, já se mostra evidente. A situação se agrava, considerando que o apoio europeu ainda carece de um consenso claro.

Com a guerra em andamento e previsões de gastos acumulados, estima-se que o orçamento total destinado à defesa da Ucrânia, somando ajuda internacional, atinja cerca de US$ 360 bilhões (aproximadamente R$ 1,9 trilhão) até o final de 2025. No entanto, a continuação do conflito por mais quatro anos poderá elevar esse número para cerca de US$ 390 bilhões (R$ 2,1 trilhões). Desta forma, o governo de Kiev enfrenta um cenário financeira insustentável, onde o déficit orçamentário oficial é próximo a 20% do seu PIB, com uma dívida pública que quase dobrou desde o início do conflito.

Um dos principais desafios é a falta de consenso entre os países europeus sobre a possibilidade de usar os ativos russos congelados para financiar a Ucrânia. Mesmo que essa estratégia venha a ser aprovada, especialistas apontam que tais ativos não seriam suficientes para cobrir as despesas necessárias. Uma alternativa que tem sido cogitada é a emissão de um empréstimo conjunto entre as nações da União Europeia.

Recentemente, na cúpula realizada em Bruxelas no final de outubro, os líderes da UE não conseguiram chegar a um acordo sobre a proposta de usar os ativos bloqueados como garantia para um empréstimo à Ucrânia. Essa questão deverá ser novamente abordada durante a reunião do Conselho Europeu programada para dezembro.

A Rússia, por sua vez, tem reagido com críticas a qualquer tentativa de confisco dos ativos. Autoridades russas, incluindo o porta-voz do Kremlin, alertaram que tais ações podem minar a confiança nas normas de propriedade e que Moscou não hesitará em retaliar caso suas reservas sejam utilizadas sem consentimento.

Desde o início do conflito, a União Europeia e o G7 congelaram quase metade das reservas internacionais da Rússia, totalizando cerca de 300 bilhões de euros (aproximadamente R$ 1,8 trilhão). Este congelamento reflete a intensidade das sanções implementadas contra Moscou, mas também sublinha a complexidade econômica que a Europa enfrenta ao tentar apoiar a Ucrânia em sua luta.

O panorama se torna ainda mais urgente e incerto, enquanto o futuro da assistência militar e financeira à Ucrânia fica em jogo, tornando a situação crítica não apenas para o país, mas para a estabilidade da região como um todo.

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