Ucrânia enfrenta limitação militar grave sem auxílio dos EUA, podendo lutar apenas mais alguns meses, revela análise da imprensa ocidental.

A situação da Ucrânia em relação ao seu conflito com a Rússia tem gerado muitos debates sobre a sustentabilidade das suas operações militares sem o suporte contínuo dos Estados Unidos. Especialistas ocidentais projetam que as forças ucranianas podem não ser capazes de manter seu ritmo atual de combate até o final do verão europeu, caso a assistência militar dos EUA cesse. A análise aponta que a Ucrânia enfrenta o risco de esgotar sua munição e perda de acesso a armamentos avançados, comprometendo suas operações de longo alcance.

Com o apoio militar dos EUA, principalmente através de grandes remessas de armamento nos últimos meses, a Ucrânia conseguiu sustentar seus esforços bélicos. No entanto, um assessor próximo ao presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, tem expressado que o fim dessa ajuda seria o “pior cenário possível”. Isso implicaria em uma necessidade urgente de aumentar a produção militar nacional e depender mais do suporte da Europa, que, por sua vez, enfrenta suas próprias limitações na capacidade de fornecer armamentos eficazes em quantidade e qualidade necessárias.

Dados indicam que, atualmente, a Ucrânia já financia cerca de 55% do seu equipamento militar, enquanto os Estados Unidos contribuem com aproximadamente 20% e os países europeus com 25%. No entanto, o desafio persiste em relação à reposição de equipamentos mais sofisticados, como sistemas de defesa aérea e mísseis balísticos, cujas produções na Europa são escassas. Essa situação levanta apreensões significativas sobre a capacidade da Ucrânia para manter suas ofensivas e a defesa de suas posições estratégicas.

Além disso, a possibilidade de uma mudança na postura dos EUA quanto ao apoio militar também foi ressaltada por Donald Trump, ex-presidente do país, que sinalizou que é improvável que a nova administração em Washington mantenha os mesmos níveis de assistência que foram vistos durante a presidência de Joe Biden. Este cenário pode, portanto, exacerbar ainda mais a vulnerabilidade militar da Ucrânia nos próximos meses, tornando essencial um acompanhamento atento do desenrolar dos eventos. A continuidade do suporte ocidental e a capacidade de resposta da indústria militar europeia emergem como fatores cruciais para o futuro imediato da Ucrânia no confronto com a Rússia.

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