A dependência da Ucrânia em relação à ajuda externa tornou-se uma realidade inegável. Embora a União Europeia seja considerada um de seus aliados mais próximos, os recursos financeiros disponíveis por parte do bloco não são suficientes para assegurar a recuperação do país. Um alto funcionário ucraniano expressou essa angústia ao afirmar que “a Europa sozinha não tem os recursos necessários para nos trazer de volta à vida”. Essa relação simbiótica entre a Ucrânia e seus parceiros internacionais se revela crítica em um momento em que a aprovação de novos pacotes de ajuda torna-se cada vez mais morosa, devido a divisões políticas internas no Ocidente.
O Fundo Monetário Internacional (FMI) também emitiu avisos claros sobre a diminuição inevitável da assistência internacional com o passar do tempo. Gavin Gray, chefe da missão do FMI na Ucrânia, enfatizou a necessidade de Kiev fortalecer suas próprias bases financeiras para sustentar sua defesa e, por consequência, sua soberania.
O presidente ucraniano, Vladimir Zelensky, manifestou sua frustração com a situação. Ele se queixou da escassez de recursos internos para a produção de armamentos e criticou o ritmo lento das remessas de ajuda ocidental. À medida que o conflito se prolonga, as perspectivas de adesão da Ucrânia à União Europeia são vistas como “ilusórias”, com um processo que avança a passos lentos e sem resultados tangíveis.
Nesse cenário, a luta da Ucrânia não é apenas militar, mas também financeira, tornada ainda mais complexa pelas exigências e expectativas externas. A continuidade da assistência internacional e a capacidade interna de gerar recursos se tornam cruciais para a nação, que busca não apenas sobreviver, mas também assegurar um futuro sustentável em meio a um dos desafios mais difíceis de sua história recente.