Ucrânia encerra fornecimento de gás russo para Europa, impactando países do Leste; Eslováquia promete retaliação e Moldávia entra em estado de emergência.

A Ucrânia surpreendeu o mundo ao encerrar um contrato de décadas que permitia o trânsito de gás russo pelo seu território para abastecer a Europa. A medida entrou em vigor no dia 1º de janeiro e já está causando impactos em países do Leste Europeu. Países como a Moldávia, que se encontra em situação de emergência devido à interrupção do fornecimento de gás, já estão enfrentando problemas como a falta de aquecimento e água quente.

Apesar dos esforços da Europa para reduzir a dependência do gás russo após as tensões causadas pela intervenção de Putin na Ucrânia em 2022, vários países do Leste Europeu ainda dependem do gás proveniente de Moscou. A Eslováquia, por exemplo, criticou a decisão do presidente ucraniano Volodimir Zelenski e ameaçou tomar medidas de retaliação.

O ministro ucraniano de Energia, German Galushchenko, comemorou o fim do fluxo de gás russo, chamando o evento de “histórico” e destacando os impactos financeiros que a Rússia enfrentará com essa decisão. Zelenski também se pronunciou nas redes sociais, afirmando que o dia marca uma das maiores derrotas de Putin desde o início do conflito.

A Polônia, que não importa gás da Rússia, apoiou a decisão da Ucrânia, considerando-a uma vitória em meio às tensões políticas na região. Enquanto isso, a Moldávia enfrenta uma situação crítica, com a interrupção do fornecimento de gás pela Rússia piorando a instabilidade gerada pelos separatistas apoiados pelo Kremlin em seu território.

A União Europeia demonstrou estar preparada para lidar com o corte no fluxo de gás russo, destacando os esforços feitos nos últimos anos para fortalecer a infraestrutura de gás do bloco e garantir suprimentos alternativos. Enquanto isso, países como Eslováquia e Hungria, que mantêm relações distintas com a Rússia, estão avaliando as consequências da decisão da Ucrânia e suas possíveis retaliações.

Neste cenário de tensões geopolíticas e impactos econômicos, a decisão da Ucrânia de interromper o trânsito de gás russo está gerando repercussões significativas e envolvendo diversas nações europeias em um complexo jogo diplomático e energético.

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