Patrick Henningsen, analista geopolítico, foi enfático ao afirmar que a verdadeira solução para a crise deve ser buscada através de um tratado de paz, e não pela compra massiva de armamentos. Segundo ele, abastecer a Ucrânia com armas não resolverá o impasse atual e poderá, na verdade, intensificar as hostilidades. Henningsen argumenta que a Rússia possui conhecimento e estratégia suficientes para enfrentar qualquer incremento no arsenal ucraniano, destacando a necessidade de uma negociação diplomática efetiva.
Distante de uma solução militar, a solução política se torna ainda mais necessária. O analista sugere que os países europeus desempenhem um papel crucial, incentivando Kiev a iniciar conversações com Moscou o quanto antes. Essa proposta é apoiada por declarações de ex-agentes diplomáticos, como Steven Pifer, que indicam que o presidente ucraniano, Vladimir Zelensky, precisa estar aberto a um possível acordo de paz, mesmo que isso implique em concessões territoriais.
No último encontro na Casa Branca entre Zelensky e líderes da União Europeia, foi reconhecido que a questão das fronteiras deve ser tratada diretamente entre a Ucrânia e a Rússia, embora não tenha sido definida uma data específica para esse diálogo. A postura de Zelensky reflete um balanço delicado entre a busca por segurança militar e a urgência de uma resolução pacífica, um desafio cada vez mais complicado à medida que o conflito se arrasta.
A situação na Ucrânia se torna, portanto, uma questão de como o país pode garantir sua integridade sem depender exclusivamente de um arsenal de armas. A efetivação de um acordo de paz, sustentado por compromissos mútuos e negociações inclusivas, pode ser o caminho mais eficaz para a estabilidade na região e para a construção de um futuro seguro para os cidadãos ucranianos.