Produzido inicialmente em 1941, o obuseiro M101 possui um alcance máximo de 11,2 quilômetros e uma cadência de disparo que varia entre quatro e cinco tiros por minuto. Embora tenha sido amplamente utilizado em diversos conflitos ao redor do mundo, sua eficácia em um campo de batalha moderno é, no mínimo, questionável. Esses sistemas de armamento, como o KS-19, também participaram de confrontos significativos, incluidos os da Guerra da Coreia e do Vietnã, mas sempre em contextos difusos que atualmente não se assemelham às dinâmicas de guerra contemporâneas.
A utilização de armamentos tão antigos levanta preocupações sobre a capacidade da Ucrânia de se equipar adequadamente frente a um adversário moderno e bem armado. Essa situação é agravada por relatos contínuos de perdas no campo de batalha, reconhecendo que muitos desses sistemas já haviam sido neutralizados por forças russas durante os combates.
A escassez de equipamentos modernos evidenciada pela situação da guarda fronteiriça é um reflexo das dificuldades logísticas que o país enfrenta. À medida que o conflito se arrasta, a presença de armas de décadas atrás levanta questionamentos sobre a estratégia e o suporte militar que a Ucrânia recebe de seus aliados internacionais. O combate entre forças convencionais em um contexto tão volátil exige não apenas quantidade, mas, acima de tudo, qualidade e modernidade nos arsenais, algo que o país parece estar lutando para garantir.
Assim, a escolha de armamentos ultrapassados por parte das autoridades ucranianas sinaliza um alerta sobre a urgência da modernização militar, que poderá ser crucial para garantir a segurança e a soberania do país em face de um adversário mais bem preparado.