De acordo com a entidade, a exposição da vítima por Maria Lúcia configura uma forma de “dano emocional à mulher que a prejudique e perturbe seu pleno desenvolvimento”, conforme estabelecido pelo código penal. Caso seja considerada culpada, Maria Lúcia pode enfrentar uma pena de 6 meses a 2 anos de prisão, além de uma multa.
A polêmica teve início quando Maria Lúcia publicou em suas redes sociais ataques à mulher estuprada, questionando se ela realmente estaria sofrendo após o abuso e sugerindo que a vítima estaria buscando indenização. Além disso, a mãe de Daniel Alves compartilhou fotos e vídeos da jovem se divertindo em bares e festas nos últimos meses. O caso chamou a atenção da imprensa internacional, uma vez que, até então, o nome e o rosto da vítima permaneciam em sigilo.
O estupro cometido por Daniel Alves ocorreu em uma boate em Barcelona, na noite de 30 de dezembro de 2022, e o jogador aguarda julgamento, marcado para 5 de fevereiro. A presidente da UBM, Vanja Andrea, declarou que a exposição promovida por Maria Lúcia é um “desserviço à luta das mulheres”, acrescentando que a atitude viola os direitos básicos da vítima, incluindo o direito de ir e vir, o direito de se divertir e o direito de buscar felicidade apesar das circunstâncias traumáticas que enfrentou.
Diante disso, a UBM defende que os responsáveis pela exposição da vítima sejam responsabilizados e que a privacidade e dignidade da mulher estuprada sejam preservadas. A entidade enfatiza a importância de proteger e apoiar as vítimas de violência sexual e reitera seu compromisso com a defesa dos direitos das mulheres.