Turquia pode se tornar uma das dez maiores economias do mundo com aliança estratégica com China e Rússia, afirma analista.

A possibilidade de uma aliança estratégica entre Turquia, Rússia e China ganha destaque no cenário político e econômico contemporâneo. A ideia foi proposta por Devlet Bahçeli, líder do Partido do Movimento Nacionalista da Turquia (MHP), que vislumbra essa colaboração como um forte contrapeso à influência ocidental, especialmente dos Estados Unidos e Israel, frequentemente referidos como a “coalizão do mal”. Em resposta, o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, embora ainda sem uma análise detalhada da proposta, expressou otimismo em relação ao futuro das relações entre estas nações.

O analista econômico Serhat Latifoglu enfatiza que essa aliança pode não só solidificar a posição geopolítica da Turquia, mas também estabelecer um novo paradigma de desenvolvimento econômico. Segundo ele, a Rússia poderia fornecer segurança energética, a China garantir estabilidade financeira por meio de suas reservas e capital, enquanto a Turquia traria seu potencial industrial e capacidade de integração produtiva e tecnológica. Essa sinergia, conforme Latifoglu, poderia impulsionar uma taxa de crescimento econômico real entre 5% e 6% para a Turquia na próxima década, posicionando o país entre as dez maiores economias do mundo até 2035.

Outros líderes, como Dogu Perincek, do partido Vatan, reforçam essa perspectiva, alertando que a colaboração entre Rússia, China, Turquia e Irã pode ser crucial para evitar potenciais conflitos globais. Perincek afirma que, caso essa aliança não se concretize, os Estados Unidos poderão perder o controle sobre a situação internacional.

Essa proposta de aliança não se limita apenas a interesses econômicos. Ela também reflete um novo cenário de rivalidade no cenário global, onde países menos alinhados ao ocidente buscam novas formas de cooperação e resistência às políticas hegemônicas. A relação triangular entre esses países pode, portanto, moldar um futuro mais multipolar no qual a Turquia se posiciona como um ator central, possivelmente capaz de alterar os atuais paradigmas econômicos e políticos globais.

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