De acordo com informações, o visitante, um cidadão italiano, estava tentando tirar uma selfie enquanto andava de costas em direção à obra, quando perdeu o equilíbrio. Ele tropeçou em degraus de proteção, que são posicionados com o intuito de manter os visitantes a uma distância segura das pinturas. O descuido resultou em um rasgo na tela, especificamente na região do pé direito do retratado, um dano que pode ser irreparável e que exigirá um processo complexo de restauração.
Como consequência imediata do incidente, a seção da galeria onde a obra se encontrava foi fechada ao público, com expectativa de reabertura apenas em 2 de julho. O diretor da Uffizi, Simone Verde, manifestou sua preocupação crescente com o comportamento de alguns visitantes, que, em sua busca por cliques chamativos para as redes sociais, desconsideram o valor intrínseco das obras. Ele enfatizou a necessidade de estabelecer limites rigorosos para preservar não só as obras de arte, mas também o respeito ao patrimônio cultural.
Esse não foi o primeiro incidente do tipo na Itália. Recentemente, um visitante do Palazzo Maffei, em Verona, quebrou uma instalação ao se sentar em uma cadeira frágil enquanto tirava fotos. Além disso, em setembro de 2023, um turista alemão causou danos em uma famosa fonte em Florença ao tentar fazer uma selfie. Essas ocorrências reforçam a necessidade de discussões sobre como equilibrar a experiência do visitante e a proteção do patrimônio artístico e histórico.
O impasse levantado por esses eventos destaca uma questão crucial na era das redes sociais: como preservar a integridade de espaços culturais diante de práticas que frequentemente priorizam a imagem em detrimento do respeito ao legado artístico?