O Ministério de Turismo e Antiguidades do Egito anunciou que a tumba pertencia a um indivíduo que ocupou diversos cargos respeitáveis, incluindo o de médico-chefe do palácio, sacerdote da deusa Serket, dentista-chefe e especialista em plantas medicinais. Tais informações refletem a complexidade e a hierarquia das profissões naquele período histórico.
O faraó Neferkara Pepy, também conhecido como Pepi II, foi uma figura significativa na história egípcia, reconhecido como o último faraó relevante da VI Dinastia. Seu governo, que se estendeu aproximadamente entre 2278 e 2184 a.C., marca um dos períodos de maior prestígio do Império Antigo. As descobertas feitas na tumba não se limitam apenas a artefatos, mas incluem um sarcófago com o nome e títulos do dono, meticulosamente registrados em hieróglifos, o que enriquece ainda mais a compreensão da estrutura social e das práticas funerárias da época.
O arqueólogo responsável pela missão, Philippe Colombier, levantou a possibilidade de que a tumba tenha sido saqueada ao longo dos séculos. No entanto, as imagens e inscrições presentes nas paredes permanecem intactas, proporcionando insights sobre a rica cultura e as práticas de vida dos antigos egípcios.
As evidências encontradas na tumba, conforme relatado pelo secretário-geral do Conselho Supremo de Antiguidades, Mohamed Khaled Ismail, revelam novos aspectos do cotidiano no Antigo Egito. Cada descoberta é um passo em direção à melhor compreensão da riqueza cultural e das contribuições dos médicos da época. Essa relevância persistente da medicina antiga continua a fascinar historiadores e arqueólogos contemporâneos enquanto buscamos conectar os pontos entre passado e presente. Assim, a exploração na necrópole de Saqqara não somente remonta à grandiosidade de um período, mas também ilumina o caminho para futuras investigações na rica tapeçaria da história egípcia.