Trump mencionou que há uma “boa chance” para essa cúpula, ressaltando que a escolha de Budapeste como local preferido se deve ao fato de que um encontro anterior foi cancelado porque acreditava-se que não haveria resultados substanciais. Essa perspectiva sugere um interesse renovado em estabelecer diálogos que podem tratar questões de interesse comum, especialmente em um contexto diplomático que vem se revelando delicado entre os dois países.
Cabe lembrar que uma cúpula entre os líderes norte-americano e russo havia sido agendada anteriormente, mas foi cancelada em meio a tensões relacionadas ao fornecimento de armas à Ucrânia, onde o conflito continua a se intensificar. Trump, ao lado de Orbán, mencionou que o prolongamento da guerra na Ucrânia é resultado da recusa da Rússia em buscar um cessar-fogo. Essa situação se agrava conforme as forças russas concentram seus esforços em capturar a cidade de Pokrovsk, que se apresenta como um ponto estratégico na região de Donetsk.
Durante o encontro com Orbán, Trump também abordou a questão das sanções impostas à Rússia, indicando uma disposição para apoiar o pedido húngaro para flexibilizar as restrições à compra de petróleo russo. A Hungria se destaca como a principal compradora de petróleo russo na União Europeia, tendo mantido esse relacionamento comercial mesmo diante das pressões da UE para diminuição do comércio com Moscou após o início do conflito na Ucrânia.
Orbán, que governa a Hungria há mais de quinze anos, tem sido um defensor da aproximação com Putin, apesar das divergências com outros líderes europeus. O primeiro-ministro húngaro ressaltou suas críticas à adesão da Ucrânia à União Europeia, fortalecendo seu papel como mediador em um cenário que exige cautela e habilidade diplomática. Enquanto isso, a Casa Branca mostrou-se receptiva às demandas de Orbán, refletindo um cenário complexo como pano de fundo para futuras negociações e possíveis mudanças no relacionamento entre os Estados Unidos e a Rússia.
