Quando questionado sobre a aplicação da maior tarifa de importação ao Brasil em comparação a outros países, Trump evitou se comprometer em relação a uma possível redução das alíquotas, afirmando que espera observar os desenvolvimentos nas semanas seguintes. Em contraste, Lula, em entrevista anterior ao The New York Times, fez questão de ressaltar que os canais de comunicação com a Casa Branca continuam abertos. O presidente brasileiro designou aliados chave do governo, incluindo seu vice-presidente, Geraldo Alckmin, e os ministros Fernando Haddad e Carlos Fávaro, para que dialogassem diretamente com seus homólogos americanos.
Lula demonstrou sua insatisfação com a falta de respostas concretas por parte dos EUA, mencionando que até agora a única comunicação recebida foi a divulgação da nova tarifa no site oficial de Trump. Para o presidente brasileiro, o tom da comunicação sugere uma falta de disposição para o diálogo por parte dos americanos. Ele reafirmou que o Brasil atua como um “país soberano” nas negociações, mesmo diante de tensões comerciais.
O decreto que estabelece a tarifa entrará em vigor no dia 6 de agosto. Os EUA justificaram essa medida alegando que não se relaciona à balança comercial entre os dois países, mas sim a questões políticas internas, como a suposta perseguição judicial ao ex-presidente Jair Bolsonaro. A questão, no entanto, se torna mais complexa com a publicação de uma lista de produtos isentos da nova taxa, que inclui itens relevantes para a economia brasileira, como suco de laranja e aviões civis, oferecendo um alívio para alguns setores que poderiam ser fortemente impactados pelas tarifas.