Trump, ao ser questionado sobre a severidade dessas tarifas, não hesitou em criticar as autoridades brasileiras, sugerindo que as decisões tomadas pela liderança atual do Brasil foram precipitadas. Essa declaração marca a primeira vez que o presidente americano se pronuncia sobre o Brasil desde a imposição das tarifas, indicando um cenário de relações bilaterais que podem estar em tensão.
Em resposta às palavras de Trump, Lula optou por reafirmar sua disposição para o diálogo em uma postagem em rede social. O presidente brasileiro destacou que as diretrizes do país são definidas exclusivamente pelos cidadãos e instituições brasileiras. Em sua comunicação, Lula enfatizou que o governo brasileiro está empenhado em proteger a economia, as empresas e os trabalhadores, além de preparar respostas adequadas às medidas tarifárias adotadas pelos Estados Unidos.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, expressou otimismo em relação à abertura de Trump para discutir questões comerciais. Ele anunciou que se reunirá na próxima semana com o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, para abordar não apenas as tarifas, mas também questões controversas como a Lei Magnitsky, que permite aos Estados Unidos aplicar sanções financeiras a indivíduos estrangeiros, incluindo ações recentes contra o ministro do STF, Alexandre de Moraes.
Haddad destacou a importância desse encontro como uma preparação para um eventual diálogo entre Lula e Trump, reiterando que o Brasil permanece comprometido com as negociações. Essa série de intercâmbios evidencia uma fase delicada nas relações entre Brasil e Estados Unidos, onde o diálogo pode ser o caminho para resolver diferenças e promover uma colaboração frutífera.