As tarifas sobre o aço e o alumínio, que estão em vigor desde março de 2023, foram parte de um decreto assinado por Trump na época, visando fortalecer a indústria siderúrgica americana. A decisão de aumentar essas tarifas representa uma intensificação dessa política, que busca proteger as empresas locais da concorrência externa. No entanto, especialistas já apontam que medidas como essa podem ter desdobramentos significativos na economia global, afetando preços e provocando retaliações.
O Brasil, que em 2024 se destacou como o segundo maior fornecedor de metais aos EUA, vendendo cerca de 4,08 milhões de toneladas de aço, está particularmente preocupado com essa nova política tarifária. Essa quantidade representou aproximadamente 15,5% do total importado pelos Estados Unidos, o que equivale a um valor em torno de 2,99 bilhões de dólares. A reação do Itamaraty foi imediata, expressando preocupação com os impactos potenciais nas relações comerciais. O governo brasileiro lamentou a decisão dos EUA e anunciou que poderia considerar várias opções para lidar com a situação.
Em um cenário mais amplo, a indústria de metais enfrenta um momento de incertezas e desafios. As decisões de Washington têm repercussões que vão além das fronteiras norte-americanas, afetando economias ao redor do mundo e provocando uma onda de negociações diplomáticas.
A proposta de aumentar as tarifas vai ao encontro da visão de Trump de revitalizar a produção nacional, mas também suscita debates sobre os possíveis efeitos negativos para as cadeias de suprimentos globais e os consumidores, que podem enfrentar preços mais elevados pelos produtos finais. O desenrolar dessa situação deverá ser acompanhado de perto, dado seu potencial de transformação no comércio internacional e nas alianças estratégicas entre países.