A criação do Dia dos Povos Indígenas, lançada durante a administração de Biden, tinha como objetivo reconhecer e celebrar as culturas indígenas, ao mesmo tempo em que abordava as consequências negativas da colonização na América. Com isso, a data, que coincide com o 12 de outubro, passou a ter um significado mais inclusivo e crítico em relação à história americana. No entanto, ao reverter essa decisão, Trump segue uma linha que se alinha à sua agenda conservadora e revisionista, visando desmantelar políticas consideradas progressistas, especialmente aquelas que abordam a diversidade e a inclusão sob a perspectiva de um movimento social crítico, muitas vezes visto como “woke”.
Esse retorno ao tradicionalismo não é apenas simbólico; ele reflete uma divisão crescente na sociedade americana sobre como o país deve lidar com sua história. Para muitos, a celebração de Colombo é vista como um reconhecimento da colonização e suas consequências, enquanto outros defendem que ele representa uma parte fundamentante da herança europeia nos Estados Unidos.
A decisão de Trump de reinstaurar o Dia de Colombo em vez de celebrar os Povos Indígenas tem o potencial de abrir antigas feridas e provocar debates acalorados sobre identidade e memória nacional. Os críticos certamente verão essa ação como um retrocesso, enquanto seus apoiadores poderão interpretá-la como um resgate de valores culturais. À medida que o clima político nos Estados Unidos se intensifica, o debate sobre a história da colonização e suas celebrações só tende a se exacerbar, revelando as complexidades e tensões que existem no tecido social do país.