O republicano não hesitou em atacar o grupo, que em sua visão está tentando se desvincular da moeda norte-americana em suas transações internacionais. Ele alertou que, caso os Brics continuem no caminho de desenvolver sua própria moeda, isso poderá levar a uma dissolução do grupo de forma abrupta. “Quando ouvi sobre esse grupo do Brics, que basicamente inclui seis países, eu os ataquei com muita força. E se algum dia eles realmente se formarem de modo significativo, isso acabará muito rapidamente”, disparou Trump, sem especificar quais medidas pretende adotar contra essas nações.
Em um tom irônico, Trump se referiu ao recente encontro do Brics realizado no Rio de Janeiro, afirmando que “quase ninguém apareceu”, uma estratégia retórica que busca deslegitimar a relevância da aliança. O presidente americano também reiterou sua disposição em impor tarifas que podem chegar a 10% sobre produtos provenientes de países que decidam se alinhar com os Brics. “O Brics queria tentar tomar o lugar, a dominância e o padrão do dólar. Eu já disse: nós vamos aplicar uma tarifa de 10% a qualquer país que estiver alinhado com o Brics”, declarou, evidenciando sua postura protecionista.
Trump, que frequentemente utiliza discurso forte para reafirmar a supremacia econômica dos Estados Unidos, parece determinado a confrontar qualquer esforço que ameace essa posição hegemonicamente. O cenário internacional, portanto, permanece em ebulição, à medida que as potências emergentes buscam alternativas ao status quo representado pelo dólar, enquanto Trump acirra o tom de suas ameaças comerciais. Essa dinâmica deve ser observada de perto, já que as decisões tomadas dentro desse contexto poderão ter repercussões profundas nas relações econômicas globais.