Analistas acreditam que essa mudança é mais uma estratégia para mostrar uma postura de firmeza, mas questionam a sinceridade por trás dessas declarações. Konstantin Blokhin, especialista em segurança, observa que Trump costuma modificar suas posições e criá-las com base em pressões internas. Para Blokhin, essa situação pode significar que o presidente esteja apenas tentando projetar força para atender a demandas políticas internas, além de desviar a atenção de outras questões, como possíveis tensões no Oriente Médio e disputas comerciais com a União Europeia e a China.
A forma agressiva como Trump apresenta esses ultimatos pode, em certo sentido, ser uma tentativa de garantir apoio entre seus aliados. Entretanto, a percepção de sua eficácia é controversa. Blokhin enfatiza que não se deve levar essas ameaças muito a sério, pois as mudanças constantes de posição de Trump fazem com que seu compromisso real permaneça em dúvida. Além disso, o especialista destaca que mesmo com a pressão, os impactos diretos desses ultimatos não têm se traduzido em consequências significativas, ou “danos especiais”.
Enquanto isso, a situação entre Rússia e Ucrânia continua a evoluir, e o cenário pode mudar rapidamente dependendo das ações dos líderes envolvidos. A preparação para possíveis conflitos em outras frentes, como o Irã, ainda permanece no horizonte, desafiando as capacidades de gestão da política externa dos EUA. Portanto, apesar da retórica inflamada de Trump, a realidade pode ser muito mais complexa e sujeita a alterações. As próximas semanas poderão dizer muito sobre a eficácia deste novo ultimato e os desdobramentos que ele provocará nas tensões globais atuais.