O vídeo apresentado pelo presidente exibe uma embarcação, que ele argumenta estar ligada a organizações narcoterroristas e que estava em movimento nas águas abertas. Em questão de segundos, é possível observar um disparo seguido de uma explosão, resultando na destruição da embarcação, que rapidamente desaparece sob as ondas.
Trump enfatizou que o ataque, descrito por ele como “cinético letal”, foi uma determinação pessoal. O presidente revelou que o Secretário da Guerra recebeu a ordem para atuar contra a embarcação, que estaria operando dentro da área sob a responsabilidade do Comando Sul dos Estados Unidos (USSOUTHCOM). Importante ressaltar que, de acordo com Trump, as informações que fundamentaram a decisão de ataque vieram da inteligência militar americana. Enquanto em ações anteriores o presidente havia responsabilizado embarcações da Venezuela, desta vez ele não forneceu detalhes acerca da origem do barco.
Ele declarou que “a inteligência confirmou que a embarcação estava traficando narcóticos ilícitos e seguindo uma rota conhecida de narcotráfico, a caminho de envenenar cidadãos americanos”. Com isso, a operação não só visou neutralizar os narcotraficantes, mas também, segundo Trump, proteger a população dos Estados Unidos.
Além disso, o presidente assegurou que nenhum militar americano ficou ferido durante o ataque e fez um apelo contundente, alertando em letras maiúsculas: “PAREM DE VENDER FENTANIL, NARCÓTICOS E DROGAS ILEGAIS NOS ESTADOS UNIDOS E DE COMETER VIOLÊNCIA E TERRORISMO CONTRA AMERICANOS!!!”
Esse foi pelo menos o terceiro ataque americano direcionado a embarcações em alto-mar recentes. Na segunda-feira anterior, Trump já havia afirmado que uma embarcação com origem supostamente na Venezuela foi destruída, resultando em mortes. O primeiro ataque deste tipo havia sido noticiado no início do mês, com a informação de 11 mortos. A expansão das operações militares dos EUA nesta área levanta questões sobre a escalada de ações contra o tráfico de drogas e suas implicações políticas e sociais para a região.