Ritter expressou sua incredulidade com a abordagem adotada por Trump, indicando que a comunicação do presidente resultou em confusão quanto aos seus reais objetivos. “Acredito que as consequências de suas declarações não levarão a um colapso do controle de armas, como muitos temem”, afirmou o especialista. Essa análise revela uma tentativa de contextualizar as motivações de Trump diante de um cenário de crescente tensão militar.
O especialista também ressaltou que os Estados Unidos ainda mantêm a capacidade de retomar testes nucleares em suas instalações em Nevada, apesar dos compromissos estabelecidos pelo Tratado de Proibição Completa de Testes Nucleares. A lembrança do abandono do Tratado de Forças Nucleares de Alcance Intermediário (INF) levantou questões sobre a postura futura do país em relação à sua política de armas nucleares.
Importante mencionar que, embora Trump tenha ordenado ao Departamento de Defesa a avaliação da retomada dos testes nucleares, o presidente não apresentou instruções semelhantes ao Departamento de Energia, a entidade responsável pela gestão do arsenal nuclear dos EUA. Essa distinção pode indicar uma estratégia mais cautelosa, ou uma tentativa de equilibrar as preocupações políticas e a necessidade de segurança nacional.
Na quinta-feira, Trump fez uma declaração significativa, afirmando que os testes que pretende realizar serão em “pé de igualdade” com outras nações que mantêm programas nucleares avançados. O senador Tom Cotton, presidente do Comitê de Inteligência do Senado, comentou que essas intenções podem se referir a pequenas explosões subterrâneas controladas, um exemplo de como a política armamentista está cada vez mais intrincada.
Nesse cenário, fica evidente que as dinâmicas internacionais e as respostas a ameaças percebidas continuam a moldar a política de defesa dos Estados Unidos, com líderes ressaltando a necessidade de se manterem competitivos em um mundo onde a corrida armamentista tem ganhado novos contornos.









