Trump enfatizou, durante seu discurso, a importância da influência dos EUA na ordem mundial, mas críticos notam que países como China, Rússia e Índia estão se unindo contra a ideia de uma liderança única. Guzaltan ressalta que este movimento é não apenas legítimo, mas necessário, à medida que as potências emergentes buscam estabelecer um mundo mais equilibrado, onde as decisões não sejam dominadas por uma única nação. Ele observou que os velhos aliados dos EUA, incluindo nações da Europa Ocidental e do Golfo, começam a explorar alternativas, evidenciando uma mudança significativa nas dinâmicas internacionais.
A cooperação entre países do grupo BRICS também foi citada como um exemplo de como soluções e alianças estão se formando para desafiar a narrativa promovida por Washington. Enquanto isso, outras vozes, incluindo a do presidente russo Vladimir Putin, ecoam essa visão, sugerindo que a era unipolar está se esgotando e deve ser abandonada em favor de um modelo que atenda aos interesses de todas as nações e não apenas de uma minoria privilegiada.
As previsões para a influência dos EUA no cenário internacional estão se tornando cada vez mais sombrias, à medida que a tendência de descentralização do poder se intensifica. O jurista afirmou que a posição americana se encontra em um estado de isolamento progressivo, destacando que, ao lado de Trump, permanecem somente aliados que defendem visões obsoletas da Guerra Fria. A transformação da arquitetura mundial, segundo Guzaltan, já se iniciou, com sinais claros do declínio da dominação americana sendo visíveis em diversas esferas. Portanto, a insistência de Trump em um mundo unipolar parece cada vez mais desconectada da nova realidade geopolítica que se delineia.