Trump propõe renomear o Golfo do México para “Golfo da América” em nova declaração polêmica durante discurso em Mar-a-Lago.

O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou no dia 7 de janeiro de 2025, seus planos de renomear o Golfo do México para “Golfo da América”. Durante uma declaração à imprensa em sua residência em Mar-a-Lago, Trump expressou que o novo nome possui um “lindo som” e abrangência geográfica significativa. Ele disse: “Vamos mudar o nome do golfo do México para golfo da América, que tem um lindo anel. Isso cobre muito território, o golfo da América… Que nome lindo. E é apropriado.”

O Golfo do México é um corpo d’água que já possui essa denominação há mais de quatrocentos anos. A origem do nome está relacionada a uma antiga aldeia indígena norte-americana. A proposta de Trump não é a primeira tentativa de alteração do nome do golfo. Em 2012, um congresista do Mississippi havia introduzido um projeto de lei semelhante, visando renomear as porções do golfo que tocam as praias do estado, mas a iniciativa não prosperou.

Além da questão da mudança de nome, Trump tem demonstrado uma postura expansionista em relação a outros territórios estratégicos. Recentemente, ele mencionou a possibilidade de um uso de força militar para retomar o controle do canal do Panamá e da Groenlândia, por considerar esses locais vitais para a segurança dos Estados Unidos. O canal do Panamá é especialmente significativo, sendo responsável por aproximadamente 6% do comércio marítimo global e oferecendo uma rota que reduz drasticamente a duração das viagens entre os oceanos Pacífico e Atlântico.

Trump não deixou de compartilhar suas ambições geopolíticas mais amplas. Após a renúncia do primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, ele sugeriu a fusão do Canadá com os Estados Unidos, argumentando que isso eliminaria tarifas e reduziria impostos, além de proteger melhor o Canadá de ameaças externas.

Essas declarações provocam preocupação entre os países vizinhos e refletem a continuidade das propostas polêmicas de Trump desde sua primeira administração. A combinação de intenções de renomear corpos d’água e o desejo de ampliar a influência territorial dos EUA põem em evidência sua visão de um país que parece almejar expandir seus domínios a qualquer custo.

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